Há varios meses que debato este tema com algumas amigas, amigos e conhecidos sobre a criação de um blog, inicialmente tinha pensado o quanto foi difícil para mim chegar a um país desconhecido, onde não falava a língua, onde o inglês é quase desconhecido para eles e num país que agora adoro, mas que levei meses a descobrir onde é que comprava o bilhete do metro ao domingo quando o senhor do quiosque ao pé de casa estava fechado. Todo o meu processo foi tão difícil que achei que se inicialmente tivesse tido alguma ajuda, como agora me sinto eu a ajuda de alguém, tudo teria sido mais fácil, não tinha chorado tantas vezes, não tinha pensado desistir e tudo isto foi apenas por falta de comunicação.
Esta ideia não me saiu da cabeça, claro, gostava mesmo que outros emigrantes como eu, fossem bem recebidos nesta cidade que se adora ou se detesta primeiro, mas que quando se vive ao ritmo dela, acaba por se tornar a nossa casa, como em qualquer outro lado do mundo.
Mudei para aqui há mais de um ano, não falo fluentemente, mas faço-me entender e essencialmente já entendo tudo, deixei finalmente de me sentir excluída a esse nível, já sei também onde se compra o bilhete do metro e até ver filmes em inglês no cinema faz parte da minha lista de conquistas de “Como viver em Milão”. Achei que finalmente tinha conquistado o estatuto de ajudante e deixado para trás o “socorro, preciso de ajuda”, mas como nunca há uma sem duas e duas sem três, quase no auge da minha independência como emigrante, descobri que estou gravida (wow).
Esta ideia não me saiu da cabeça, claro, gostava mesmo que outros emigrantes como eu, fossem bem recebidos nesta cidade que se adora ou se detesta primeiro, mas que quando se vive ao ritmo dela, acaba por se tornar a nossa casa, como em qualquer outro lado do mundo.
Mudei para aqui há mais de um ano, não falo fluentemente, mas faço-me entender e essencialmente já entendo tudo, deixei finalmente de me sentir excluída a esse nível, já sei também onde se compra o bilhete do metro e até ver filmes em inglês no cinema faz parte da minha lista de conquistas de “Como viver em Milão”. Achei que finalmente tinha conquistado o estatuto de ajudante e deixado para trás o “socorro, preciso de ajuda”, mas como nunca há uma sem duas e duas sem três, quase no auge da minha independência como emigrante, descobri que estou gravida (wow).
SIM, eu estou gravida e mais uma vez sinto-me perdida neste país. Existem ginecologistas? Sistema nacional de saúde? Maternidades? Onde? Como? E quando? SOCORRO, preciso de ajuda, outra vez!!!
É então aqui que decido mesmo criar o meu blog, um projecto que vem de mim, da minha necessidade de partilhar o meu dia-a-dia não só com os que vivem longe do país e passam pelo mesmo, mas também partilhar com aqueles que tornariam os meus dias mais fáceis, a minha gravidez com mais memórias de momentos com os que mais gosto e mais falta me fazem cá.
É então aqui que decido mesmo criar o meu blog, um projecto que vem de mim, da minha necessidade de partilhar o meu dia-a-dia não só com os que vivem longe do país e passam pelo mesmo, mas também partilhar com aqueles que tornariam os meus dias mais fáceis, a minha gravidez com mais memórias de momentos com os que mais gosto e mais falta me fazem cá.
PregoAbroad
